domingo, 12 de agosto de 2012

OURO BRANCO O ROMANCE

Numa cidade do interior do Brasil  nasceu Ouro Branco, uma cidade fictícia, é pra lá que nós vamos.
Mas antes numa quitinete no Rio de Janeiro, um homem baixo meio careca de sorriso quase frio toca a campainha insistentemente. Um outro homem negro, alto, cabelos amarrados como se fosse um rabo de cavalo, um bigode amarelado assim como os dentes e as pontas dos dedos. A quitinete semi turva, o cheiro forte de cigarro e de maconha incendiava o ambiente. A porta se abre e o baixinho fala para o altão: - Bom dia, eu sou o detetive Costa de Mello vim procurar o senhor escritor Mario Alcantra, acredito eu que o senhor escritor leu os jornais nos últimos dias. - Sim, eu li, a aproximadamente dez dias cheguei daquela pacata e linda cidade, Ouro Branco, e estou estarrecido com o que li; - Eu fui convocado pela polícia para investigar o acontecido e nas minhas investigações descobri que o senhor escritor passou quase um ano lá; - Onze meses! Então, como queria me ausentar do grande centro fui pra lá; - Porque Ouro Branco?- Não sei fiz num sorteio ai deu lá e eu fui. - Acredita que conheceu todos? - Sim todos. - O que quer de mim? - Preciso terminar meu livro(...). - Que certamente terá outro final não é senhor escritor? - Eu tenho uma pergunta para lhe fazer; porque essa moça foi assassinada? - Senhor detetive eu não sei, eu só sei que Cristina Braun era uma moça pacata, professora de catequese da cidade, professora do grupo escolar da cidade, muita católica, filha da viúva Braun, noiva do rapaz mais rico da cidade, um playboy rural herdeiro de uma grande fortuna daquela região. Lá tem o padre que tem um caso com dona Melina da pensão que tem um filho adolescente e a turma chama ele de filho do padre, tem o prefeito Zé de Binha que é casado com dona Esme mulher fogosa que adora espelho, eles tem dois filhos que nasceram de sexo trocado, a menina adora as coleguinhas e o menino adora os coleguinhas. Lá tem as sete casas, todas da igreja, quando uma viúva beata papa hóstia perde o marido vai morar lá. Quando é noite de lua cheia Manoel de Olinda toca até a madrugada depois dormi com a viúva escolhida da noite que no outro dia amanhece com sua velha tabaca inchada. Manoel de Olinda é tarado por viúvas, quando morre algum homem casado ele cuida de tudo, dizem que ele chora tanto consolando a pobre viúva que ele quer comer depois. Ah! Lá na BR tem  as  meninas de Lurdinha, mulheres de vida fácil, que sabem fazer festa todos os dias de domingo a domingo. Ah! Tem o senhor juiz  homem recatado, tem o Dr. Marco Aurélio o médico da cidade, tem netinho um bêbado poeta, tem o bar de mestre Juvino dono da filarmônica local, tem seu Memé o dono do cinema que só passa filme velho, tem Mari macumbeira e tem as fofoqueira Lili e Totonha.
Uma pergunta  não quer calar, uma  moça aparece morta seu corpo com varias perfurações, lhe tiram um dos seios e cravam uma faca em sua vagina. Quem e porque? Um olha para o outro e diz: - Vamos até lá...

Coisas de Azaza