Ícone absoluto da TV brasileira, a apresentadora Hebe Camargo morreu na manhã deste sábado (29), aos 83 anos, após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, no Morumbi, em São Paulo (SP). Ela estava com 83 anos e lutava contra um câncer no peritônio, descoberto em 2011.
Hebe Camargo Ravagnani nasceu no dia 8 de março de 1929 na cidade de Taubaté, em São Paulo, e teve uma infância bastante humilde. Filha de Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo, ela não se inibiu com as dificuldades financeiras e traçou uma trajetória de sucesso, passando pelas maiores emissoras do Brasil e eternizando seu sofá de debates.
Vir ao mundo no mesmo dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é ter uma estrela apontada para o sucesso. Fazendo um retrospecto sobre sua vida profissional, logo percebemos que a vida de Hebe está diretamente ligada à história da TV no Brasil.
Sua vida artística se iniciou na década de 40 integrando o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá, do qual fazia parte sua irmã Estela e as primas Helena e Maria. Três anos depois, elas colocaram fim ao grupo e Hebe formou uma dupla caipira com a irmã, utilizando-se de nomes fictícios: Rosalinda e Florisbela. A parceria durou pouco tempo e ela investiu na carreira solo. Foi neste momento que ela ganhou popularidade e visibilidade, cantando sambas e boleros.
Hebe foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. Mas não apareceu no evento, sendo substituída por Lolita Rodrigues, de quem foi amiga sua vida toda. Na época ela alegou estar doente, mas em 2007 confessou em um programa de TV que não quis aparecer porque acompanhou o namorado em uma festa e também porque considerava a letra do hino horrível.
A carreira de cantora continuou e ela gravou um disco em homenagem a Carmem Miranda. Com isso, ganhou o título de Estrelinha do Samba e, posteriormente, A Estrela de São Paulo. Hebe chegou a participar de filmes de Mazzaropi (1912-1981) e contracenou com Agnaldo Rayol em um deles. Leia mais.
Fonte: Estadão
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